“O pior momento da minha vida!”, afirmou, novamente, a senhora ministra da Administração Interna. Novamente. E novamente de lágrimas nos olhos.
Alguém deveria avisar a senhora ministra da Administração Interna que ela não é, neste processo, mais uma vitima. Ninguém está interessado nos seus estados de alma. Morreram 64 pessoas. 254 feridos. Mais de 100 desalojados. Os «piores momentos da vida» que importa invocar e relevar são estes. Ponto.
Dizer isto não é culpar a senhora ministra do que quer que seja. É colocar as coisas no devido lugar. Se a senhora ministra da Administração Interna decidiu ficar e não se demitir (nas palavras da própria: «seria o mais fácil»), não queremos que fique para levar à cena confissões emocionadas. Não queremos queixas, como as que ouvimos o ano passado. Queremos que fique e que demonstre firmeza, tenacidade e resiliência. Em suma: cabeça.
O resto é folclore. E de péssimo gosto.